Consumo excessivo compromete abastecimento de água


Categoria Infraestrutura
Publicado em 21/02/2017




Uma situação incomum está afetando o abastecimento de água potável em Lages. Embora a cidade não esteja passando por um período de estiagem, o consumo excessivo de água causou a falta deste recurso em alguns bairros. O fato foi agravado pela fragilidade da estação de tratamento de água, explica o secretário de Águas e Abastecimento (Semasa), Jurandi Agustini. “Além de ter chovido pouco nos últimos meses, as pessoas estão consumindo mais água porque está muito quente. Mas o que nos preocupa é o desperdício de água utilizada para lavar calçadas e molhar ruas. Ou seja, existe um problema estrutural, agravado pela falta de consciência de uma parcela da população”, destaca.

Atualmente, de acordo com um levantamento realizado pelo Consórcio Águas do Planalto, empresa responsável pela manutenção da rede e abastecimento de água, a cidade de Lages possui 47.890 unidades de ligações de água, com uma média de 70 novas ligações por mês. Isso corresponde a cerca de 98% de cobertura na área urbana, com uma extensão de rede de 778,67 km.

O sistema é abastecido por 17 reservatórios que comportam em torno de 14 mil metros cúbicos de água tratada. Esse é o volume total que atende a região central e os bairros. Outros três reservatórios de contato são necessários para alimentar o motor que abastece os demais reservatórios. Existem, ainda, quatro reservatórios que foram desativados por problemas estruturais. Segundo a análise da terceirizada, a medida não compromete o abastecimento, pois o funcionamento deles se mostrou ineficiente. Para aumentar a pressão da rede e dos reservatórios foram construídos dez Estações de Recalque de Água Tratada (Erats) e outros dez boosters que estão operando plenamente.

Entretanto, se a estrutura se revela insuficiente, sobretudo, nos períodos de grande consumo de água, outros fatores contribuem para que o problema da falta de água se acentue em alguns bairros. Segundo o secretário, “já temos um relatório que aponta o que precisa ser feito, mas são obras grandes que dependem de projetos. A começar pela ampliação da Estação de Tratamento (ETA), e temos essa disposição e o apoio do prefeito Ceron para realizar.”

Enquanto isso, ele faz um apelo à população para que comunique vazamentos e denuncie ligações clandestinas. Um dado que chama a atenção é o fato de que 52,70% do volume de água tratada não são contabilizados pela Semasa. Isso porque existem muitas fraudes com ligações clandestinas e vazamentos. “Além das equipes que atuam nos consertos que são realizados no prazo de 24 horas após a ordem de serviço, uma equipe exclusiva da Águas do Planalto percorre diariamente os bairros para pesquisar e identificar novos vazamentos”, explica o engenheiro de operações da terceirizada, Rafael Spindler.

“Nós estamos alinhando com a empresa terceirizada o que é possível fazer para melhorar o atendimento ao público. Uma medida que queremos colocar logo em prática é trazer a central de atendimento telefônico que hoje está no centro da cidade, para dentro da central de operações da Semasa. Assim, os atendentes poderão dar um retorno mais rápido para as dúvidas e reclamações, pois estarão junto com os técnicos, diante das telas de monitoramento”, aponta Agustini. Outra medida que será estimulada junto à população será a aquisição de caixas de água.

Informações, dúvidas ou reclamações sobre o sistema de abastecimento de água em Lages podem ser obtidas através dos telefones 115 e 3224-4855.

Fonte: Prefeitura de Lages



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