Polícia Militar está acompanhando a movimentação, principalmente no fechamento de estabelecimentos comerciais por sete dias
Considerando a avaliação do cenário epidemiológico do Estado de Santa Catarina em relação à infecção pelo novo Coronavírus (vírus que causa a infecção Covid-19), assim como a identificação de transmissão comunitária em franca expansão na região Sul do Estado, situação que pode vir a ser identificada em outras regiões a qualquer momento, culminou na necessidade de restrição drástica da circulação de pessoas. Em Lages, desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (18 de março), portas foram fechadas e as primeiras medidas para cumprir o decreto sendo tomadas na cidade.
O prefeito Antonio Ceron e o vice Juliano Polese, juntamente com a Polícia Militar e outras autoridades da área da saúde, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/Lages) e Associação Empresarial de Lages (Acil), convocaram uma coletiva de imprensa que foi realizada de forma online na tarde desta quarta, transmitida na página oficial da prefeitura no Facebook, para esclarecer dúvidas e orientar a população em geral. “Precisamos nos conscientizar e com calma e responsabilidade cumprir às imposições do decreto pensando no bem coletivo. Não há motivo para pânico, estamos desde a semana passada nos preparando para este cenário, trabalhando em conjunto com as entidades com objetivo de orientar a população e levar atendimento a todos da melhor maneira possível”, ressalta o prefeito Ceron.
O comandante do 6° Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Lages, tenente-coronel Fabiano da Silva, confirma que em toda a região serrana a polícia está acompanhando a movimentação, principalmente na questão do fechamento de estabelecimentos comerciais. “Hoje estamos focando na orientação e conscientização. A partir de amanhã iremos atuar na efetiva fiscalização e punir quem não tiver cumprindo com o decreto”, afirma. Quem descumprir poderá responder através de medidas administrativas ou até por crime de desobediência, com prisão.
Também estão suspensos, em todo território catarinense, pelo período de 30 dias, eventos e reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado, incluída excursões, cursos presenciais, missas e cultos religiosos. “Temos muitas guarnições em campo realizando rondas próximas aos estabelecimentos, orientando a população sobre o isolamento. Amanhã teremos uma força-tarefa para evitar tumultos e reforçar a ideia de que esta é a única forma de conter a disseminação do vírus”, enfatiza o coronel Zelindro Ismael Farias, da 2ª Região da Polícia Militar.
A sugestão a restaurantes e lanchonetes, é que adotem o fornecimento de marmitas aos clientes, ou serviços deliverys. Já os supermercados precisam estabelecer critérios para evitar aglomerações de pessoas em seus estabelecimentos, assim como manterem os padrões de limpeza de superfícies expostas ao contato frequente.
O que diz o decreto:
Fica declarada situação de emergência em todo território estadual para fins de prevenção e combate à epidemia do Covid-19. Ficam suspensas, em todo território estadual, pelo período de sete dias:
- A circulação de veículos de transporte coletivo urbano municipal, intermunicipal e interestadual de passageiros;
- As atividades e os serviços privados não essenciais, a exemplo de academias, shoppings centers, restaurantes e comércio em geral;
- As atividades e os serviços públicos não essenciais, no âmbito municipal, estadual e federal, que não puderem ser realizados por meio digital ou mediante trabalho remoto;
- A entrada de novos hóspedes no setor hoteleiro;
- Indústrias deverão operar somente com sua capacidade mínima nas regiões em que tiver sido identificado o contágio comunitário;
Consideram-se serviços privados essenciais:
- Tratamento e abastecimento de água;
- Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
- Assistência médica e hospitalar.
- Distribuição e comercialização de medicamentos e gêneros alimentícios, tais como farmácias, supermercados e mercados;
- Funerários;
- Captação e tratamento de esgoto e lixo;
- Telecomunicações;
- Processamento de dados ligados a serviços essenciais
- Segurança privada
