Lages entrará para a lista de cidades brasileiras que cuidam de suas praças públicas contando com o apoio da iniciativa privada. Sucesso em Americana e Mirassol (SP), Mossoró (RN), nas capitais Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE), a adoção de praças chega a Lages com um projeto sugestivo, denominado “Amigos da Rua”, idealizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos. O prefeito Elizeu Mattos solicitou agilidade sobre o assunto, visando acelerar o início das adoções.
O Projeto de Lei que institui o Programa de Adoção de Logradouros, Praças Públicas e Áreas Verdes, estabelecendo seus objetivos, processos, espécies e limitações de responsabilidade e benefícios dos adotantes, será encaminhado à Câmara de Vereadores para votação e transformação em lei.
Lages e suas 73 praças
O projeto Amigos da Rua visa a ampliar a recuperação e manutenção de áreas verdes em Lages, compartilhando com a população a responsabilidade de conservar e manter suas 73 praças espalhadas por suas 1.722 ruas e 34 avenidas, localizadas em seus 64 bairros, além de jardins e canteiros centrais para o uso adequado pela população.
A participação da sociedade civil e das pessoas jurídicas neste processo de urbanização, preservando as identidades locais através do cultivo de plantas da região, por exemplo, consiste num compromisso mútuo, não apenas obrigação do poder público municipal, mas de quem em Lages vive, como sugere o prefeito. “É para que nossos filhos possam brincar, andar de bicicleta, ler à sombra das árvores e praticar esportes em um lugar bonito e tranquilo, com educação ambiental e boa qualidade de vida”, reitera.
Quem poderá adotar
Do projeto poderão participar empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços, associações de moradores, sindicatos patronais e laborais, condomínios residenciais, órgãos públicos e organizações não governamentais (ONGs). “O adotante, além de colaborar com a paisagem, poderá divulgar sua logomarca, produto ou serviço no espaço, através de placa e de forma institucional, dentro das diretrizes determinadas pelo município através da legislação”, diz Elizeu. “Este será um diferencial frente à concorrência, além de demonstrar seu comprometimento social e a associação da marca a uma atitude de proteção ambiental”, entende.
Experiências no país
Desde abril de 2013, Fortaleza está recebendo suas adoções: das 475 praças existentes, 130 já foram beneficiadas, ou seja, 27,3% do total. Em Florianópolis, por uma lei de 1987, a prefeitura economiza R$ 10 milhões ao ano com o programa. Em Correia Pinto, a 25 quilômetros de Lages, a empresa Kimberly-Clark incorporou a ideia e adotou uma das praças, a 7 de Setembro, no Centro.