Profissionais do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) expuseram nove trabalhos na tarde desta terça-feira (7) na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), durante a XVIII Mostra Científica, XVII Jornada de Pesquisa, Ensino e Extensão e o III Intercâmbio de Extensão, eventos integrados da instituição acadêmica, iniciados nesta segunda (6) e que seguem quinta-feira (9).
O coordenador do Capsi, Tharso de Souza Meyer, explica que a maioria dos projetos já está em prática desde o início do ano neste serviço da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, oferecido gratuitamente a cerca de 170 crianças e adolescentes (até 18 anos), vítimas de transtornos mentais graves ou persistentes, como de conduta, de ansiedade e depressão, e dependência química quando ultrapassada a faixa de uso e abuso.
Com exceção de somente um, os demais projetos, segundo Tharso, já demonstram resultados parciais. “Antes havia um direcionamento e um tipo de público. Agora há maior participação das famílias e adesão dos pacientes. Já conseguimos avaliar se os projetos estruturados foram efetivos, se são necessárias modificações, analisando as potencialidades e limitações de cada atividade”, explica.
As propostas foram avaliadas em julho. “A participação na Mostra é uma grande conquista para nós do Capsi, pois temos certa dificuldade de levar os pacientes para expor o trabalho, até por questões da faixa etária. O maior ganho também é a participação dos profissionais, com as diversas maneiras de olhar sobre uma mesma situação”, reflete.
Os projetos terão continuidade até o fim do ano quando passarão por novas avaliações. “Já fazem parte do cotidiano do Capsi. A coordenação organizou quais grupos estariam passando por inovação. A intenção era que os profissionais estudassem sobre os assuntos, tivessem base teórica sobre as atividades realizadas com os pacientes. Os estudos geram projetos, que são executados e se tornam resultados”, detalha a gerente de Saúde Mental, Carla Mondadori.
Multiprofissionalismo
O trabalho do Capsi tem embasamento no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e suas assistências são prestadas por uma equipe multiprofissional composta por médico psiquiatra, enfermeira, técnicas de enfermagem, psicólogas, assistente social, terapeuta ocupacional e artesã. O funcionamento acontece das 8h às 17h, sem fechar ao meio-dia, na rua Aristiliano Ramos, 542, Centro. Os transtornos leves e moderados são atendidos na Atenção Básica com auxílio do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). No Centro de Atenção à Saúde Mental (Casm) trabalha uma farmacêutica disponível para o fornecimento de medicamentos prescritos nos três Caps – Capsi, Álcool e Drogas (CapsAD) e Caps II.
