Após um ano de muito estudo, capacitação de professores, elaboração e execução de projetos, o Sistema Municipal de Educação realiza nesta segunda-feira (1) o seminário de encerramento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic/2014), do Ministério da Educação. Professores alfabetizadores das nove escolas municipais que se destacaram no programa desenvolvido em Lages apresentam a devolutiva dos seus projetos em evento no Centro Universitário Unifacvest. E para fechar o ano com chave de ouro, o professor formador do Pnaic pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), José Antônio Gonçalves, ministrou palestra com foco no aprendizado da matemática.
O objetivo do Pnaic é que, aos 8 anos de idade, as crianças tenham a compreensão do funcionamento do sistema de escrita, noções básicas da matemática, raciocínio lógico, a fluência de leitura e o domínio de estratégias de compreensão e de produção de textos escritos. Lages aderiu ao Pacto no ano passado, quando o foco principal estava voltado para a língua portuguesa. Neste ano foi trabalhada em sala de aula a matemática.
200 horas de formação
Ao longo dos dois anos de Pnaic, os professores envolvidos com o programa passaram por mais de 200 horas de formação continuada, essencial para que os novos métodos fossem repassados aos profissionais com objetivo de garantir êxito na sua execução em sala de aula. Ao todo, 34 Escolas Municipais de Educação Básica (Emebs) participaram do Pacto, com 125 professores alfabetizadores atuando no processo. “As experiências vivenciadas na melhoria da qualidade do ensino nos motiva continuar, pois tudo que o professor aprendeu nas formações do Pnaic ele vai aplicando em sala de aula junto aos alunos”, salienta a secretária de Educação, Marimilia Coelho.
Segundo Marimilia, já é possível sentir reflexos significativos na educação do município, tanto que o Pacto se estende do 1° ao 3° ano e em 2014 foi estendido até o 5° ano do ensino fundamental. Para a coordenadora do Pnaic em Lages, Ana Paula Bona Sartor, as experiências foram muito positivas. “Percebemos que a matemática é mola propulsora de tantas outras situações da vida real. Encantamo-nos com essa nova visão e pudemos passar esses conhecimentos aos alunos”, destaca Ana.
Evolução profissional
A professora Gislaine Souza, da Emeb Nossa Senhora da Penha, aponta que além do grande auxílio no aprendizado dos alunos, houve evolução por parte dos profissionais de educação, que passaram pela formação e aperfeiçoamento sobre os novos métodos de aplicação da disciplina. “Avançamos bastante nos conceitos e teorias matemáticas e na forma de trabalhar com as crianças, para que fosse mais lúdico e prazeroso para os alunos. Isso facilita o processo de aprendizado, pois partimos de uma realidade mais próxima do próprio estudante até chegar às fórmulas científicas. Temos uma nova visão após passar por esse material riquíssimo de informações”, finaliza.
