Conselho Estadual de Cultura busca informações sobre o Colégio Aristiliano


Categoria Cultura
Publicado em 14/08/2015




A presidente do Conselho Estadual de Cultura (FCC), Roselane Barboza Vinhas, acompanhada por conselheiros, visitou o prédio do antigo Colégio Aristiliano Ramos na manhã desta quarta-feira (12). No período da tarde o prefeito Toni Duarte os recebeu em seu gabinete para uma reunião que contou com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, João Alberto Duarte, vereadores, secretários municipais de áreas afins, representantes da Fundação Cultural de Lages (FCL), Defesa Civil e da Procuradoria-Geral do Município.Integrantesdo grupo preservacionista também se manifestaram.

A visita parte de uma preocupação do próprio Conselho em conhecer melhor a estrutura que abrigava o colégio e o seu entorno, obter informações sobre o projeto de revitalização do Centro, defendido pela administração municipal e o governo do Estado junto com a demolição do prédio. Os conselheiros também visitaram instituições e conversaram com a comunidade com o intuito de saber qual o sentimento da população quanto ao significado histórico ou não do prédio e a melhor decisão quanto ao seu destino.

Todas as informações decorrentes da visita e discussões serão levadas ao Conselho através de uma comissão instituída com a incumbência de dar um novo parecer sobre a preservação ou a demolição do prédio. O primeiro parecer da FCC, de que o sítio histórico do colégio fosse preservado, mas não necessariamente o prédio, foi encaminhado ao Ministério Público e o processo está em fase de aguardo da sentença.Enquanto isso não ocorre, uma liminar determinou que a prefeitura e o governo do Estado façam a manutenção e limpeza do local.

O prédio é um equipamento do governo estadual, localizado em uma praça municipal. Tanto o prefeito Toni Duarte quanto o secretário regional João Alberto Duarte posicionaram-se a favor da demolição da estrutura para dar lugar à ampliação da praça. “Ouvimos muitos segmentos representativos e acreditamos ser o melhor para cidade. Também não vemos alternativa para a sua manutenção, pois para preservá-lo precisamos ter uma destinação adequada e plausível”, afirma o prefeito.

Projeto de revitalização do Centro

Osecretário de Planejamento, Jorge Raineski, apresentou o projeto de revitalização do Centro, já considerando a demolição do prédio, dando lugar a novos equipamentos urbanos. O projeto foi elaborado em parceria com arquitetos de uma empresa de Barcelona, na Espanha.Os fundamentos para a revitalização baseiam-se na atração da população para intensas atividades e festejos na área central, motivando a ideia de ampliação da praça.

A intenção é também beneficiar o comércio local com um centro mais bonito e atrativo, amenizar os problemas de mobilidade urbana e deterioração do Centro, dar mais espaço para os pedestres, buscando a humanização do local.A praça contaria com equipamentos urbanos como cafés, bancas, sanitários adequados, portal de acesso e um palco permanente para eventos. No projeto consta um jardim contemplativo onde poderão ser abrigados monumentos alusivos a prédios históricos como o próprio Colégio Aristiliano.

Linha do tempo

O diretor de Políticas Culturais da FCL e integrante do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac), Gilson Maximo, apresentou o histórico da instituição de ensino, desde a fundação da cidade e da praça central em 1766, onde abrigou várias instituições, entre elas a Câmara Municipal, até a construção do colégio em 1935.

Em 2011 o prédio foi interditado pela Defesa Civil por apresentar grandes riscos aos alunos, como a possibilidade de incêndios e desabamentos de alguns pavimentos. Em 2012 o Ministério Público entendeu que o local não poderia mais ser utilizado como colégio e remanejou os alunos para outro espaço. O prédio não é tombado pelos órgãos competentes, mas é protegido pela Lei Orgânica 05/04/90, artigo 200 parágrafo 4°.

Em dezembro de 2012 o Compac voltou à ativa (depois de dez anos de inatividade) para deliberar sobre o destino do prédio do colégio. Inicialmente apresentou parecer favorável à manutenção e, depois de muitas discussões com representantes do governo do Estado, chegou-se a um consenso de que somente poderia ser derrubado com condicionantes de um bom projeto de destinação do espaço, reconhecendo a importância histórica e cultural do colégio e também compreendendo os argumentos pela sua retirada.

Fonte: Prefeitura de Lages



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