Como atrair e manter associados foi o tema abordado durante a mesa redonda promovida pela vice-presidência da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) para a Serra, por meio do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) e em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O evento ocorreu na quarta-feira (25), na sede da Associação dos Sindicatos filiados à Fiesc, em Lages.
Durante o encontro, comandado pelo consultor da CNI, Marcio Francis, foram compartilhadas com presidentes e executivos de sindicatos de variados segmentos boas práticas e desafios a serem superados pelas entidades da região serrana. “Todos podem se beneficiar e inserir novas ideias e práticas dentro de seus sindicatos a partir do conhecimento de experiências que deram certo”, destaca.
Exemplos
Convidado para o debate, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e do Material Elétrico de Blumenau e Pomerode (Simmmeb), Hans Bethe, enfatizou algumas ações da entidade nos últimos anos, como as parcerias com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Também ressaltou a importância do planejamento bem feito para que em menos de dois anos o sindicato obtivesse 85 novas associações. “A dificuldade do empresário deve ser vista como oportunidade pelo sindicato”, revela.
Aproximar-se do associado foi a solução encontrada pelo presidente do Sindicato da Indústria da Madeira e do Mobiliário da Amurel de Tubarão, Alessandro da Cruz Barbosa, para desenvolver o sindicato. Ele apostou no atendimento personalizado e no incentivo da compra coletiva, onde os sindicatos realizam negócios entre si e com descontos. Criou o Sindimulher com o objetivo de promover a participação do sexo feminino na entidade e apostou na organização de missões empresariais dentro e fora do país. “Conseguimos realizar diversas missões com subsídio da Fiesc e do Sebrae/SC. Já estamos com viagem marcada para 2016. 18 empresas partem para Milão, na Itália”.
Quem também trouxe aos participantes sua experiência de sucesso frente ao Sindicato das Indústrias de Materiais Plásticos do Rio Grande do Sul (Sinplast) foi o presidente Edilson Luiz Detos. Com um sindicato maior, mais bem estruturado e com maior potencial financeiro, Edilson tem trabalhado fortemente com os associados no auxilio das questões de legislação. A entidade saiu na frente e viu em meio aos problemas que a lei de resíduos sólidos trauxe para as empresas uma oportunidade. “Estamos organizando uma cooperativa de reciclagem e, dessa forma, resolveremos o problema da indústria que não sabia como fazer para cumprir a lei federal”.
Novas experiências
O presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas de Lages (Sindigraf), Geiser Neto, elogiou a iniciativa do encontro. “Vejo que essas reuniões geram informação privilegiada, mudam a forma de pensar e abrem a visão dos empresários quanto à importância do fortalecimento do associativismo".
Os encontros têm como objetivo discutir temas que impactam a competitividade da indústria e a necessidade de atuar coletivamente para defender um ambiente de negócios mais favorável defende o vice-presidente da Fiesc para a Serra, Israel Marcon. “Essas práticas são valiosas e podem ser levadas para aplicação nos sindicatos, com o objetivo de manter e atrair o quadro associativo. A percepção é de que a solução está em nós, dentro dos sindicatos”, finaliza.
