Atendimento a moradores em situação de rua é tema na Câmara


Categoria Política
Publicado em 30/05/2012




São vários os fatores que levam as pessoas a morar nas ruas. Pode se destacar o abandono familiar ou até a falta da família, situação econômica, desemprego, desajuste social e problema psicológico. Em Lages, hoje existe em média seis moradores em situação de rua, ou seja, possuem família, mas, por um motivo ou outro, preferem viver nas ruas, ao contrário dos moradores de rua, que não tem para onde ir.



Para conhecer melhor e divulgar o Projeto Acolher, que atende essas pessoas em Lages, a vereadora Neusa Zangelini (PP) propôs uma sessão especial, que foi realizada na terça-feira (28). “A idéia dessa reunião surgiu a partir do projeto “Fala, cidadão”, desenvolvido pela equipe de comunicação da Câmara, onde nós vereadores somos questionados pelas pessoas nas ruas. Fui questionada sobre o que estaria sendo feito com relação aos moradores em situação de rua, por isso estamos aqui, conhecendo este projeto”.

O Projeto Acolher foi instituído em 2007, por meio da Lei complementar 291/07. É uma casa de passagem que atende moradores em situação de rua, de Lages ou migrantes, do sexo masculino, dependentes químicos (drogas e alcoolismo) e problemas mentais. “A casa não funciona como um albergue, nem clínica. O que buscamos é a reabilitação, a socialização e o resgate dos vínculos familiares já rompidos”, explica a coordenadora do projeto, Mara Luisa Matos. O projeto é realizado em parceria com o CAPs AD, responsável por realizar o tratamento através de uma equipe multiprofissional.



O primeiro passo, de acordo com a psicóloga Francine Maito, é compreender o histórico de vida dos pacientes. “Precisamos conhecer, saber o que o levou a esta situação, para então ajudá-los através do tratamento psicossocial, e desenvolver junto a eles um novo plano de vida, porque não vão ficar para sempre no projeto”.

O trabalho não é fácil, porque é preciso que os moradores em situação de rua queiram participar do projeto. Eles não podem ser obrigados, esclarece a assistente social Gislaine Neves Maciel. “A pessoa tem o direito garantido pela Constituição Federal de ir, estar e permanecer. É direito personalíssimo do ser humano”.

Ela ainda revela que a falta de documentação é algo comum. “Muitos não têm identidade ou certidão de nascimento, não sabem o nome completo, não lembram sequer a data em que nasceram porque nunca comemoraram o aniversário”.



O projeto trabalha também com a reinserção escolar e agora busca introduzi-los no mercado de trabalho. Segundo dados apresentados pela equipe, até hoje já foram atendidos 1346 indivíduos, destes 323 lageanos e 1023 migrantes.



Quanto à distribuição de passagens, não existe lei que regulamente a prática, mas o município adota a método de reinserção familiar. Portanto, quem está vivendo na rua manifesta o desejo de voltar a viver com a família, o encaminhamento é feito. Em 2012, até esta data, 21 passagens já foram distribuídas.



A vereadora Neusa Zangelini, destacou que o principal objetivo da sessão foi obtido. “É importante esclarecer à sociedade sobre o que esta sendo feito para estas pessoas, que não é só tirá-las da nossa visão, é preciso vê-los como seres humanos que precisam de ajuda. É nosso dever como Poder Público garantir o direito desses cidadãos, assim como é preciso que a sociedade como um todo também se comprometa”.

Fonte: Câmara de Lages



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