O Programa Lixo Orgânico Zero, uma ideia que iniciou a partir de parcerias e que passará a ser gerenciado pela administração municipal, recebeu um equipamento importante para auxiliar no trabalho de conscientização ambiental: um veículo Corsa Sedan, doado pelo Centro de Ensino e Apoio à Pesquisa (Ceap), uma organização não governamental (ONG). A entrega das chaves, por uma das disseminadoras do programa, Silvia Oliveira, ocorreu nesta sexta-feira (14) ao prefeito Toni Duarte e ao secretário de Meio Ambiente, Mushue Hampel.
O Lixo Orgânico Zero iniciou em novembro de 2013 com a participação de escolas municipais, estaduais e instituições. A ideia é passar orientações sobre a confecção de minicompostagens ecológicas com o intuito de diminuir a emissão de resíduos orgânicos no meio ambiente. “A educação e a conscientização promovidas através desse programa é muito importante. O veículo será fundamental para auxiliar na continuidade do projeto que visa à multiplicação da educação ambiental na sociedade”, diz o prefeito Toni.
A comunidade escolar é motivada a separar o lixo e transformá-lo em adubo que poderá ser utilizado no próprio jardim e hortas da escola. Todos os resíduos da cozinha são depositados em um canteiro pré-determinado, coberto com folhas, cinza e outros materiais secos e a partir da decomposição poderá utilizá-lo como adubo orgânico. “É um programa inovador, premiado como um dos 20 melhores projetos nesta área no país. Uma política de governo adotada no município e que vem dando certo. A ideia é manter e expandir sua metodologia. Nossa meta é chegar a quase 100% de aproveitamento do lixo orgânico gerado na cidade, mantendo a vida útil do aterro sanitário”, diz o secretário Mushue Hampel.
Projeto ganha notoriedade
O trabalho nas escolas iniciou em 2012 a título de experimentação, sendo os projetos-pilotos no Centro de Educação Infantil Municipal (Ceim) Valéria Góss e na sede do Serviço Social do Comércio (Sesc). De lá para cá, com a parceria e dedicação de várias instituições como o Grupo Garis, Ministério Público e da prefeitura, evoluiu e chegou a outros patamares.
Hoje cerca de 60% das unidades escolares de Lages aderiram ao projeto e seguem todas as orientações. “A partir do momento que conseguimos a disseminação do projeto dentro das escolas, os alunos aprendem a fazer a separação e repassam para sua comunidade e familiares. Isso garante melhor coleta até mesmo para os catadores autônomos de lixo reciclável que passam na frente das residências, sendo também um gesto de solidariedade”, comenta Silvia Oliveira.
Coleta seletiva
A bióloga da secretaria de Meio Ambiente, Michelle Pelozato, destaca que o município luta pela diminuição do acúmulo de resíduos orgânicos no aterro sanitário e consequentemente facilita o trabalho de coleta seletiva. Para isso foi implantado recentemente o Plano Municipal de Coleta Seletiva. “Com esse projeto diminuímos a chegada desses resíduos no aterro, significando também economia para os cofres públicos”, diz Michelle.
